5 formas de integrar tecnologia e interatividade à sala de aula
Ao visualizar uma Mesinha Digital em sala de aula, o primeiro pensamento tende a ser de possível distração para as crianças. No entanto, tal ferramenta é na verdade uma excelente aliada no aprendizado e engajamento com os pequenos.
Liliane Fernanda Ferreira, diretora da B2G, distribuidora da marca Quinyx, que fornece produtos de tecnologia educacional, lembra que o número de crianças que não sabem ler ou escrever dobrou de 2019 para 2022, segundo dados de 2023 do relatório Pobreza Multidimensional na Infância e Adolescência no Brasil, do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Para a profissional, a alfabetização, por exemplo, é apenas uma das questões de educação que podem ser beneficiadas com o uso desses equipamentos.
“Além de investimentos em professores, metodologias diferenciadas, acompanhamento mais próximo de cada aluno, as escolas precisam enxergar a tecnologia como parceira. As ferramentas digitais ajudam a personalizar o ensino, adaptando-se às necessidades individuais de cada aluno, ao mesmo tempo em que tornam o aprendizado mais dinâmico, interativo e estimulante”, diz.
Pensando nisso, a especialista elenca cinco formas da Mesinha Digital auxiliar o professor em sala de aula para enriquecer uma disciplina ou atividade tradicional.
1 – Alfabetização personalizada: é possível usar aplicativos que se adaptam ao nível de habilidade de cada criança, oferecendo exercícios e jogos interativos para fortalecer áreas específicas, como reconhecimento de letras, formação de palavras e compreensão de textos curtos.
2 – Reforço na matemática: ter jogos de matemática adaptativa, que são lúdicos e têm desafios de acordo com o progresso individual de cada aluno, oferecendo atividades adequadas desde operações básicas até conceitos avançados;
3 – Leitura além das páginas: combinar a leitura tradicional ao acesso de plataformas de livros digitais interativos, com ferramentas que incluem narração automática, interações táteis na tela e atividades de compreensão de leitura;
4 – Aprendizado colaborativo: com reconhecimento de vários toques simultâneos, a Mesinha facilita a colaboração entre as crianças em atividades e jogos de competições amigáveis e quebra-cabeças colaborativos, proporcionando que as atividades sejam feitas em conjunto, fortalecendo laços e auxiliando no desenvolvimento de habilidades essenciais;
5 – Criatividade na ponta do dedo: usar aplicativos de desenho e música, incentivando a expressão criativa de diferentes maneiras, mesmo que a criança não tenha acesso ao item físico, como uma tela de pintura ou um instrumento.
Nesses e em outros momentos em sala de aula como aulas de História ou Ciências, por exemplo, Liliane reforça ainda que é possível complementar com aplicativos que falam sobre temas como reciclagem, linguagem computacional e emoções. Além disso, há opções que usam inteligência artificial, entre eles os apps CiêncIA da Natureza, HistórIA, VIAjante: curiosidades do mundo, Jornada EspacIAl, Quiz AnimalIA, DesafIA Quebra-cabeças, ColorIA,
“A preocupação é compreensível, pois há receio sobre a possível distração ou substituição de métodos mais conhecidos. Mas quando bem feita, a integração entre tecnologia e educação só ajuda. Esses recursos adaptativos e personalizados podem ser usados de forma eficaz no aprendizado”, finaliza.